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O ESPAÇO PODE SER UMA IDEIA OU A MEDIDA DO M²

Museu de Arte Moderna (MAM), Rio de Janeiro - RJ

2025

Partindo da planta original de um apartamento quarto e sala do histórico Conjunto Residencial do Pedregulho, a obra se materializa como uma instalação arquitetônica que embaralha os cômodos, promovendo sobreposições parciais entre sala, cozinha, quarto e banheiro. Algumas paredes são erguidas com MDF pintado, enquanto outras surgem apenas como linhas desenhadas no chão, em escala real (1:1) — criando uma zona ambígua entre o construído e o projetado, entre o que foi sonho habitável e o que resta como ruína gráfica.
Uma parede curva de cobogó — elemento típico do modernismo brasileiro e presente na arquitetura do Pedregulho — atravessa a instalação, funcionando como símbolo de uma utopia arquitetônica que buscava, com soluções simples, articular ventilação, luz natural e beleza. As paredes pintadas até pouco acima da metade evocam os espaços institucionais públicos, como escolas e hospitais, reforçando a atmosfera de uma arquitetura social pensada para o coletivo.
Na área da cozinha, o chão é revestido com cerâmica sextavada, outro detalhe que remete aos acabamentos populares da época, convocando a memória afetiva de um Brasil que apostava na dignidade através do espaço urbano. Em contraste, uma marca de vaga de estacionamento foi sobreposta à planta da instalação, como uma régua de apropriação e medida — tensionando a noção de habitação ao submetê-la à lógica da ocupação, da mercantilização e do uso efêmero.
A obra propõe uma crítica ao esvaziamento do projeto modernista de habitação popular. No embaralhamento dos cômodos, os espaços se tornam disfuncionais, menores, difíceis de usar — uma metáfora direta às morfologias claustrofóbicas das construções habitacionais contemporâneas, voltadas mais à especulação do que à convivência. O que antes era projeto de vida digna agora aparece como um campo confuso, precarizado e simbólica e literalmente reduzido.
Instalada entre paredes sólidas, traços projetivos e superfícies nostálgicas, a obra propõe ao espectador uma reflexão sobre a crise da moradia, a memória das utopias arquitetônicas e a atual condição de viver em cidades que diminuem seus espaços ao mesmo tempo em que ampliam as desigualdades.

Dimensões: 234 x 818 x 835 cm

Materiais: mdf, vidro, adesivo vinílico, cerâmica e pintura automotiva

O ESPAÇO FÍSICO PODE SER ZONA

DE DISPUTA, CONVENÇÕES

E CERTEZAS FALÍVEIS

Acervo Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo - SP

2023

 

Dimensões variadas

 

Material: alumínio, tinta automotiva, vidro e vários objetos, quatro quartinhas vermelhas delimitam o espaço no qual vários elementos, como colunas greco-romanas, frontões, escudos policiais sustentando elementos arquitetônicos, lustres de cristal, carrinhos de supermercado são dispostos. Atrás de três quartinhas vermelhas há o encontro de duas paredes revestidas de azulejo e tijolo que ajudam a delimitar o espaço nos quais os objetos estão arranjados

O ESPAÇO FÍSICO REQUER QUE O OUTRO SEJA ALIADO OU INIMIGO

2023

 

Esta série compreende esculturas de parede ou de chão que apresentam imagens de azulejaria com referência à arte concreta, tijolos de seis furos, quartinhas, cobogós, elementos do meio oriente, como muxarabis, colunas e arcos, e desenhos de água baseado no grafismo oriental da China e Japão cujo movimento das ondas sugere por vezes um embate agitado e outras vezes uma calma com fluxo equilibrado. A escolha entre "aliado ou inimigo" aponta para uma visão binária, onde a presença dessas várias culturas de onde os elementos deste trabalho se baseia pode ser vista como uma ameaça ou como um recurso. Essa dualidade reflete a complexidade das relações políticas, econômicas e humanas que construímos ao longo da história e que está sendo revisitada e modificada no século XXI.

Se por vezes essas culturas estão aliadas e tentam construir um sul global, como uma alternativa ao status quo, outras vezes se perdem em impossibilidades de acordos impostos pelo contexto global que requerem embate e conflitos.

Dimensões:

n. 2, 3, 3.2, 3.3

76,9 x 72,2 x 10,9 cm

n. 4, 4.2, 4.3

31,7 x 121,3 x 14,1 cm

n. 5

60,3 x 107,6 x 20 cm

n. 7

215,3 x 76,92 x 29,96 cm

n. 8

151,12 x 252,7 x 21,8 cm

Materiais: PVC expandido, aço, pintura automotiva

O ESPAÇO PODE SER SILÊNCIO E PAUSA

2023

 

O trabalho é composto por um muro revestido de um lado com azulejos com padrões baseados na arte concreta brasileira e do outro lado por três tijolos de cerâmica. Sobre ele,  são dispostos tijolos feitos em alumínio polido e uma quartinha colorida. Parcialmente sobre o muro, há uma grade em forma de L que protege um banco sobre o qual há um balaústre e uma quartinha. Os elementos formam um conjunto que faz referência a outros trabalhos para definir um espaço que não se resolve como um lugar de limite ou de descanso, uma prisão ou um sossego.

O trabalho traz elementos de construção e do acervo cultural brasileiro representados em alumínio polido e esmaltado e oscila entre conforto e desconforto, proteção e exposição.

Dimensões: 195 x 180 x 82 cm

Materiais: aço revestido com pintura automotiva, alumínio polido

​TENTATIVAS FRUSTRADAS:

ESPAÇO X LUGAR

2023

 

Esta série é composta por 3 totens que apresentam uma quartinha sobre um balaústre que por sua vez está sobre uma coluna revestida por cerâmicas e azulejaria.

Dimensões: 165 x 23 x 23 cm

Material: aço, alumínio, pintura automotiva

O ESPAÇO PODE SER ZONA DE CONFLITO: SIGNOS, DOGMAS E CALMA

Local

2023

 

Dimensões: 240 x 420 x 185 cm

Mateirias: metalon e pintura automotiva

MÚLTIPLAS INFÂNCIAS – CATRACA

Acervo da Fábrica de Arte Marcos Amaro (Museu FAMA), Itú - SP

2022

O trabalho “Múltiplas Infâncias – Catraca, 2022” compreende um conjunto de três catracas, cercas de grade e paredes de acrílico em semicírculos dispostas de forma a propor uma experiência de passeio ao visitante na qual os movimentos dos fruidores sejam compartilhados e combinados entre eles. O trabalho sugere um labirinto com obstáculos no qual pode-se estabelecer um jogo entre os participantes: para entrar e sair é necessário mover as catracas de forma a não se prender ou prender o outro participante.

O trabalho faz parte de uma série de obras interativas nas quais eu utilizo dispositivos do mundo ordinário que são usados para criar limites entre espaços físicos, mas que, na obra, são convertidos em objetos lúdicos aos olhos de uma criança. Para este trabalho, eu utilizo as catracas, que são comuns em estações de trem, metrô, bancos e até mesmo escolas, combinando-as com as cercas feitas de grades e as paredes curvas. 

A construção deste trabalho reporta à minha própria experiência de infância: catracas como estas estiveram presentes em estações de trem, que as pessoas do subúrbio de Salvador eram obrigadas a usar para acessarem o centro da cidade. Esse objeto, imponente, agressivo e com o objetivo definido de estabelecer limites entre a pessoa com a passagem e aquela sem, me provocava a utilizá-lo como um brinquedo. Ao girar, eu me agarrava nas barras horizontais para um pequeno passeio circular de menos de 90° e em frações de minutos. Embora esse passeio tenha sido curto e de movimento muito simples, a sensação lúdica que ele me provocava retirava dele a sua função de restrição de alguém a um determinado espaço.

Dimensões 490,29 x 392,67 x 369,82 cm

Materiais: metal, acrílico, concreto, pintura automotiva

O ESPAÇO FÍSICO PODE SER UM LUGAR ABSTRATO, COMPLEXO E EM CONSTRUÇÃO

Acervo permanente do Instituto Inhotim, Brumadinho - MG 

2019 - 2021

 

O trabalho exposto em Inhotim consiste de arcos romanos, cuja referência é a igreja de São José de Belo Horizonte; arcos e uma cúpula islâmicos, frontões clássicos retirados da história, das igrejas Universal Reino de Deus, dos shoppings, da Havan; cúpulas de mesquitas israelitas e mulçumanas; paredes de templos pentecostais das igrejas Assembleia de Deus; e quartinhas de candomblé convivendo com uma meia-parede de escola e classes de carteiras organizadas em fileiras em um ambiente de construção representado por andaimes e escadas espalhados por toda a obra. As cores, sempre vivas e brilhantes remetem ao concretismo brasileiro, mas associadas às formas presentes, remetem a uma infantilização agigantada. As cores seduzem o observador a entrar no trabalho a partir do reconhecimento de um ambiente familiar, dados pelas formas e pelas cores, mas embaralha, atrapalha a fluidez do seu caminhar se tornando um labirinto infantil. Dessa forma, o trabalho vai se tornando um espaço criado ou em construção, harmônico ou não, convivial ou de batalha definido pela fruição entre o artista e o observador.

Dimensões variadas

Materias diversos

ESTRUTURAS DISSIPATIVAS - TREPA TREPA

Acervo da Fábrica de Arte Marcos Amaro (Museu FAMA), Itú - SP

2021

 

"Estruturas Dissipativas" é uma série de obras que explora a relação entre espaço, arquitetura e interação do público. Essas estruturas, frequentemente compostas por elementos como grades, paredes e vidros, criam situações

de estranhamento e impedimento, convidando a e impedindo o público de interagir com a obra para fazê-lo questionar a percepção do espaço.

O conceito de "dissipativo" refere-se à capacidade do sistema de manter-se em ordem longe do equilíbrio termodinâmico, utilizando a entrada e saída de energia e matéria. Essa ordem, por sua vez, e dada pelas relações formais da arte moderna.

Esta série é composta por três trabalhos nos quais elementos de espaços distintos (gavetas de escritórios, bancos e grades de praças públicas, mesas e janelas de residências) são agrupados a um elemento de um parque infantil: balanço, gangorra e trepa-trepa.

Dimensões: 500 x 430 x 520 cm

Materiais: madeira, pintura automotiva, metais, vidro

 

Elementos de espaços distintos são combinados com um trepa-trepa

Este trabalho participa do Projeto Pequeno Colecionador, com uma Edição no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba - PR

ESTRUTURAS DISSIPATIVAS - GANGORRA

Acervo da Pinacoteca, São Paulo - SP

2013

 

"Estruturas Dissipativas" é uma série de obras que explora a relação entre espaço, arquitetura e interação do público. Essas estruturas, frequentemente compostas por elementos como grades, paredes e vidros, criam situações

de estranhamento e impedimento, convidando a e impedindo o público de interagir com a obra para fazê-lo questionar a percepção do espaço.

O conceito de "dissipativo" refere-se à capacidade do sistema de manter-se em ordem longe do equilíbrio termodinâmico, utilizando a entrada e saída de energia e matéria. Essa ordem, por sua vez, e dada pelas relações formais da arte moderna.

Esta série é composta por três trabalhos nos quais elementos de espaços distintos (gavetas de escritórios, bancos e grades de praças públicas, mesas e janelas de residências) são agrupados a um elemento de um parque infantil: balanço, gangorra e trepa-trepa.

Dimensões: 220 x 440 x 450 cm

Materiais: madeira, pintura automotiva, metais, vidro, cerâmica

 

Elementos de espaços distintos são combinados com duas gangorras

ESTRUTURAS DISSIPATIVAS - BALANÇO

Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MACUSP), São Paulo - SP

2012

 

"Estruturas Dissipativas" é uma série de obras que explora a relação entre espaço, arquitetura e interação do público. Essas estruturas, frequentemente compostas por elementos como grades, paredes e vidros, criam situações

de estranhamento e impedimento, convidando a e impedindo o público de interagir com a obra para fazê-lo questionar a percepção do espaço.

O conceito de "dissipativo" refere-se à capacidade do sistema de manter-se em ordem longe do equilíbrio termodinâmico, utilizando a entrada e saída de energia e matéria. Essa ordem, por sua vez, e dada pelas relações formais da arte moderna.

Esta série é composta por três trabalhos nos quais elementos de espaços distintos (gavetas de escritórios, bancos e grades de praças públicas, mesas e janelas de residências) são agrupados a um elemento de um parque infantil: balanço, gangorra e trepa-trepa.

Dimensões: 220 x 440 x 450 cm

Materiais: madeira, pintura automotiva, metais, estofado, vidro, cerâmica

 

Elementos de espaços distintos são combinados com um balanço

DUAS PIAS OU QUANDO O LUGAR SE TRANSFORMA EM CONTEÚDO

Acervo do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, São Paulo - SP

2019

 

O trabalho consiste em duas pias usinadas em um único bloco verde sobre uma saia de granito preto e quartinhas de porcelana de várias cores espalhadas sobre o objeto e o chão. As duas pias estão pintadas internamente em azul até um mesmo nível superior. As quartinhas são pequenos potes de barro ou porcelana, usados para armazenar água e outros elementos consagrados a orixás e guias espirituais. A obra explora a relação entre espaço físico e conteúdo, transformando o lugar em uma experiência artística. 

Dimensões Variadas

Materiais: resina, metal, granito preto e quartinhas de porcelana com cores variadas

TIJOLO DE PRATA

2019

 

O tijolo de seis furos, apelidado pelo sul e sudeste como tijolo baiano, traz consigo o resumo de uma história brasileira. Embora utilizado em quase todos os edifícios Brasil a fora, ele se expõe sem vergonha, sem panfletos, sem rancor, sem pudor nas periferias brasileiras. Se em edifícios constitui sua estrutura e se reveste de diversos materiais para confirmar estéticas contemporâneas às suas épocas, nas periferias é estrutura e estética imposta ao mesmo tempo. Não há espaço para dúvidas! Em todas as situações, o tijolo de seis furos faz parte de um projeto: seja estrutural e de engenharia construtiva, seja de uma configuração estrutural de classe definida para um Brasil cada vez mais apartado.

Dimensões: 20 x 27 x 13 cm

Material: alumínio polido

QUANDO A POSIÇÃO DEFINE O ESPAÇO SOCIAL, SENDO O OBJETO CONTINENTE DESSA POSIÇÃO

Acervo Centro Cultural São Paulo (CCSP),

São Paulo - SP

2017 - 2019

 

Série de três trabalhos nos quais inúmeros objetos como vasos, copos, cestos... foram desenhados e impressos em placas de vidro de diversos tamanhos que são colocadas uma sobre as outras, encostadas na parede.

Os objetos escolhidos fazem parte do acervo cultural global. Alguns objetos formam escolhidos por terem suas origens há muito tempo na história humana, mas que deram origem a outros e perderam suas autorias. Outros objetos são colocados juntos aos anteriores e têm sua autoria reconhecida internacionalmente.

Dimensões: altura 200 cm. Largura e profundidade variadas

 

Material: impressão em lâminas de vidro

A FRAGILIDADE DOS NEGÓCIOS PODE SER UM LIMITE ESPACIAL INCONTESTÁVEL

Acervo do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), Rio de Janeiro - RJ

2015

 

A obra é composta por uma parede, com aberturas de janelas fechadas por tijolos e grades na frente e atrás. Um dos lados da parede remete a uma área interna de uma residência, enquanto o outro lado remete à área externa. Elementos que revestem os dois lados da parede se relacionam a arte concreta brasileira. A obra explora as barreiras sociais e as limitações impostas aos indivíduos no mundo contemporâneo. A fragilidade dos "negócios humanos", nesse contexto, refere-se às dificuldades e limitações enfrentadas nas relações sociais e econômicas, que podem criar obstáculos físicos e simbólicos no espaço. A frase, e a obra em si, sugere que as relações humanas, por mais que busquem expansão e conexão, podem ser marcadas por fragilidades que acabam por criar limites e fronteiras, seja no espaço físico ou nas relações sociais. A ideia de "limite espacial incontestável" reforça a noção de que essas barreiras podem ser difíceis de superar ou mesmo ignorar.

A obra tem sido exibida em diversas mostras e bienais, como a 10ª Bienal do Mercosul e o Play Festival, destacando a discussão sobre as relações entre arte, território e limites

Dimensões 230 x 150 x 380 cm

Materiais: madeira, vidro, cerâmica, aço, pintura automotiva

O MEU E O SEU ESPAÇO SE ENCONTRAM EM ÁREA DE COR TÊNUE

Acervo do Goethe - Institut, Porto Alegre - RS

2015

 

O trabalho consiste em quatro mesas retangulares conjugadas de forma a apresentarem algumas áreas sobrepostas uma às outras. Uma das mesas está posicionada numa altura mais elevada.

Além das mesas, 7 bancos redondos sobre rodízio estão ligados aos pés das mesas de forma tal a proporcionar a mudança de suas posições sem perder essa conexão à mesa.

Na diagonal à mesa estão dispostos dois vidros.

O trabalho foi pensando de forma a propor escolhas da utilização do espaço a partir da comunhão e do compartilhamento ou do isolamento.

Obra criada para a comemoração dos 50 anos do Instituto Goethe em Porto Alegre

Dimensões: 200 x 320 x 210 cm

Materiais: aço, madeira, pintura automotiva, rodízios, tomadas, vidros, iluminação

GESTUAL

Intervenção na Galeria Gestual,

Porto Alegre - RS

2015

 

O trabalho consiste em uma parede inserida na diagonal de uma das salas da Galeria. Essa parede mimetiza metade de uma das paredes que contém a janela. A obra cria uma nova situação no espaço fazendo com que o público o experencie de outras formas.

Dimensões variadas

Materias: madeira e tinta PVC

A SOLIDÃO É CALMA, CONTÍNUA E TEM CINQUENTA METROS

2015

O trabalho consiste de desenhos sobre papel vegetal dispostos em uma caixa de madeira laqueada em azul claro. Todo o trabalho é formado por sete caixas contendo tais desenhos e remetem a visão de um nadador do fundo azulejado de uma raia de piscina desde a sua largada até a sua chegada. Um vidro martelado é usado para deformar a imagem do desenho e texturizá-lo, dando uma impressão do efeito da água sobre o azulejo. O trabalho é uma representação de imagens do quotidiano a partir do desenho. A posição sugerida para a disposição dessas caixas na parede e a inclinação da superfície que contém o desenho requerem que o observador se movimente para melhor apreender o desenho. Isso faz com que o observador aborde a representação do espaço em uma imagem em duas dimensões (2D) a partir do seu movimento no espaço real, tridimensional. O trabalho está na interface entre desenho, instalação e objeto. E, com isso, encontra-se na vertente contemporânea de quebra das antigas classificações das artes visuais.

Dimensão: 15 x 39 x 50 (cada)


Dimensão total: 273 x 15 x 50 cm


Materiais: madeira, vidro, impressão jato de tinta sobre papel vegetal

EM SUSPENSÃO

2013

 

O trabalho é composto por vários planos e elementos que remetem à arquitetura e à arte concreta brasileira sem, no entanto, construir necessariamente um espaço definido. Ganchos de açougue estão suspensos em uma das paredes revestidas com azulejos brancos.

O termo "em suspensão" remete a algo que não está concluído.

Dimensões Em Centímetros: 430 x 123 x 220 cm

Materiais: pintura expandida - madeira, metais, cerâmicas, tinta epóxi, vidros

NA AUSÊNCIA DO PRIMEIRO, PREENCHA COM O SEGUNDO

Vitrine Efêmera, Estúdio Dezenove, Rio de Janeiro - RJ

2013
 

O trabalho foi proposto para o projeto “Vitrine Efêmera” do Estúdio Dezenove, no Rio de Janeiro.

O trabalho é composto por duas cadeiras, uma azul e outra laranja posicionadas à 90°, uma em relação à outra, sustentando um vidro posicionado a 45°, em relação às cadeiras. Atrás de cada cadeira, uma coluna revestida por azulejos brancos está situada de forma a apoiar apenas metade da cadeira.

O conjunto cadeira e coluna estão dispostos de forma espelhada em relação ao vidro. As paredes da vitrine foram pintadas de vermelho e verde.

Todos os objetos foram minunciosamente colocados de forma a ativar conceitos de simetria, espelhamento e sobreposição para convidar o público a novas experiências do espaço físico.

Dimensões: 500 x 430 x 520 cm

 

Materiais: madeira, pintura automotiva, metais, vidro

SUPERCINEMA

Santander Cultural, Porto Alegre - RS

2011

O mundo contemporâneo não se deixa capturar por definições fixas. Ele escapa a classificações, resistindo à ordem, à linearidade, à certeza. Não é nem isso, nem aquilo — ou talvez seja tudo ao mesmo tempo, coexistindo em zonas de ambiguidade e sobreposição. SUPERCINEMA nasce desse espaço de incerteza.

A instalação consiste na intersecção entre um cinema e um supermercado, sobrepostos dentro do espaço expositivo. Ambos são dispostos com seus elementos estruturais e funcionais — tela, poltronas, gôndolas, produtos, caixa registradora —, mas organizados em direções ortogonais, criando um cruzamento espacial em que as orientações físicas e simbólicas de cada ambiente colidem.

Os objetos presentes são reais e operacionais: o público pode assistir ao filme ou comprar os produtos expostos. Ao caminhar por esse território híbrido, o visitante é convidado a habitar a fricção entre dois universos cotidianos que, ao se fundirem, deixam de ser reconhecíveis em sua totalidade. O gesto de sobrepor esses dois espaços comuns – o da narrativa cinematográfica e o do consumo imediato – tensiona nossa percepção do tempo, da funcionalidade e do pertencimento.

SUPERCINEMA propõe uma experiência que não busca ser entendida de forma linear. Ao contrário, ela se materializa como um exercício de suspensão — de códigos, usos, expectativas. Ao criar uma zona onde categorias se embaralham, a instalação convida o público a experimentar o mundo como ele é: fragmentado, contraditório, em trânsito permanente entre o real e a representação, entre o desejo e a mercadoria, entre o ver e o agir.

Neste espaço que não se define, mas se vive, a arte encarna a incerteza.

Dimensões variadas

Materiais: diversos

ENTRE

Acervo do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, São Paulo - SP

2011

A instalação Entre se constrói a partir de um gesto simples e insistente: dispor portas em sequência, levemente abertas, uma parcialmente invadindo a moldura da outra. No entanto, o que se propõe não é uma travessia, e sim uma permanência. Um convite que não se cumpre. Uma passagem que permanece promessa.

As portas são feitas de madeira pintada, com vidro em seu centro — o suficiente para permitir o olhar, mas não o corpo. A transparência vira armadilha. O que se vê é claro, mas inalcançável. Há luz, mas não há acesso.

O título da obra — Entre — sustenta essa ambiguidade: é, ao mesmo tempo, um verbo no imperativo (“entre”, como convite), e uma preposição (“entre”, como espaço de separação). A obra existe exatamente nessa dobra semântica. Fica no vão. Insiste na fricção.

Ao sobrepor essas estruturas arquitetônicas usuais, reconfigura-se suas funções. As portas deixam de organizar o espaço para instaurar um tempo — tempo de espera, de suspensão, de hesitação. A espacialidade tradicional é deslocada: não se trata mais de entrada e saída, dentro e fora, início e fim. Trata-se do entre.

Como em outros trabalhos, há aqui um interesse claro pela sobreposição de elementos que, ao se misturarem, deixam de ser puramente o que eram. As portas não são mais apenas portas. Tornam-se imagem de uma experiência contemporânea marcada pela instabilidade, pela permeabilidade das formas, pelo paradoxo entre ver e não alcançar.

Entre é uma obra que encarna o entrelugar: aquilo que separa e aproxima, revela e bloqueia, afirma e suspende.


É o espaço do quase.
Do já visível, mas ainda intocável.
Do que convida — e impede.

Dimensões: 215 x 131 x 191 cm

Materiais: madeira, pintura automotiva, vidro, metal

SÉRIE TAUTOLÓGICOS:

SALA-BANHEIRO-SERVIÇO

Acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS),

Porto Alegre - RS

2008

Esta série consiste em trabalhos cujos títulos se referem aos espaços que estão apresentados. A série combina objetos de espaços domésticos distintos para produzir uma obra que modifica as referências espaciais, provoca uma crítica à arquitetura de imóveis contemporâneos, embaralha os conceitos de público e privado e questiona a funcionalidade do mundo que construímos.

A série é composta por 3 trabalhos:

- Quarto/Cozinha (2006/2007);

- Sala-Banheiro-Serviço (2007);

- Cozinha-Banheiro (2008).

Cozinha-Banheiro

Elementos que compõem uma cozinha espelhada através de um vidro e um banheiro são arranjados de forma a construir o trabalho.

Dimensões: 220 x 400 x 300 cm 

Materiais: madeira, fórmica, aço, diversos objetos

SÉRIE TAUTOLÓGICOS:

QUARTO / COZINHA

Acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), Porto Alegre - RS

2006 - 2007

Esta série consiste em trabalhos cujos títulos se referem aos espaços que estão apresentados. A série combina objetos de espaços domésticos distintos para produzir uma obra que modifica as referências espaciais, provoca uma crítica à arquitetura de imóveis contemporâneos, embaralha os conceitos de público e privado e questiona a funcionalidade do mundo que construímos.

A série é composta por 3 trabalhos:

- Quarto/Cozinha (2006/2007);

- Sala-Banheiro-Serviço (2007);

- Cozinha-Banheiro (2008).

Quarto/Cozinha

Elementos que compõem um quarto e uma cozinha são arranjados de forma a construir o trabalho.

Dimensões: 230 x 400 x 350 cm

Materiais: madeira, fórmica, diversos objetos

SÉRIE TAUTOLÓGICOS:

SALA-BANHEIRO-SERVIÇO

Acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), Porto Alegre - RS

2007

Esta série consiste em trabalhos cujos títulos se referem aos espaços que estão apresentados. A série combina objetos de espaços domésticos distintos para produzir uma obra que modifica as referências espaciais, provoca uma crítica à arquitetura de imóveis contemporâneos, embaralha os conceitos de público e privado e questiona a funcionalidade do mundo que construímos.

A série é composta por 3 trabalhos:

- Quarto/Cozinha (2006/2007);

- Sala-Banheiro-Serviço (2007);

- Cozinha-Banheiro (2008).

Sala-Banheiro-Serviço

Elementos que compõem uma sala de jantar, uma área de serviço e um banheiro são arranjados de forma a construir o trabalho.

Dimensões: 300 X 300 X 270 cm

Materiais: madeira, fórmica, aço, diversos objetos

UMA MESA E QUATRO CADEIRAS

Acervo Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR),

Rio de Janeiro - RJ

2005

 

O trabalho consiste em uma escultura híbrida, formada por uma mesa, quatro cadeiras de madeira, e um piso quadriculado em preto e branco superposta a outro conjunto idêntico de mesa, cadeiras e piso apenas por um processos de rotação em relação a um eixo comum.

Dimensões: 300 x 300 x 150 cm 

Materiais: Madeira, fórmica

TORREÃO

2003

 

O trabalho consiste na reprodução do espaço expositivo dentro do próprio espaço de exposição.

Dimensões variadas

Materiais: madeira, gesso, tinta de parede

BARRA 1

Ação de Atelier Aberto, Porto Alegre - RS

2002

 

Utilização de objetos cuidadosamente escolhidos, que são associados a outros objetos sem que apresentem qualquer relação direta. Os objetos são distribuídos em vetores que determinam referências espaciais.

Dimensões variadas

Materiais: diversos objetos

UMA BARRACA DE CAMPING

Goethe - Institut, Porto Alegre - RS

2001

 

Instalação, em um mesmo local, de vários objetos relacionáveis a um camping (barraca de acampamento, mesa e cadeiras portáteis...) e ao próprio espaço de exposição (no caso específico, a Galeria do Instituto Goethe – Porto Alegre: extintor de incêndios, uma escada metálica, porta-canudos...). Os objetos, cuidadosamente escolhidos, foram dispostos no espaço de forma a sugerir uma organização e um caos, ao mesmo tempo. A organização se dá pela disposição de alguns objetos repetidos e alinhados, espaçados um do outro de forma regular. O caos se dá pelo próprio ambiente: um cruzamento de galeria e um camping, onde o campista não pretende organizar nenhum objeto, apenas os utiliza.

Nas paredes encontram-se palavras alinhadas, situadas em meia-parede. As palavras referem-se a coisas e lugares que pertencem ao Instituto Goethe, a cidade de Porto Alegre, a um camping hipotético, ou que remetem a um período de férias

Dimensões variadas

Materiais: diversos objetos, grama natural, texto em vinil colado na parede

CASA

Porto Alegre - RS

2001

 

No ano 2001, oito artistas se reuniram com o objetivo de pensar em uma exposição a ser realizada em uma casa que seria demolida no final do período de exposição. A exposição ganhou o nome de CASA, e o meu trabalho, o título de "Casa-número-2". 

Cada um desses artistas ficou responsável em construir seu trabalho em um dos cômodos da casa. O cômodo que eu escolhi era o último da casa e possuía uma parede paralela à parede frontal da casa, com uma janela idêntica àquela da parede frontal.

O meu trabalho se constituiu em reproduzir todos os elementos da parte externa da casa, dentro daquele cômodo, nas proporções reais e com material idêntico àqueles originais. Dessa forma, o trabalho evocava no observador uma perda de referência entre o dentro e o fora, a perda da convicção do espaço habitado pelo observador.

Dimensões variadas

Materiais: concreto, cimento, pedra, asfalto, tinta

A MATERIALIZAÇÃO DA IMPOSSIBILIDADE

Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre - RS

2000

 

Intervenções realizadas em um elevador público compostas por oito ciclos com duração de uma semana, cada.

1 - instalação da frase: “Você pode ir onde quiser”.

2 - instalação da frase: “No ano passado, mais de 53 mil pessoas morreram em elevadores no mundo todo”.

3 - instalação de uma escada azul, feita em vinil acrílico

4 - instalação de sons gravado em CD do próprio elevador (abrir e fechar de portas, subir e descer).

5 - instalação de grama natural em todo o chão do elevador e barulho de chuva e trovões.

6 - instalação da frase: “capacidade máxima: 6 pessoas ou 420 kg”. Juntamente com a frase, foram instaladas bolas de ferro, com o “70Kg” gravado em sua superfície.

7 - instalação da mesma frase anterior. Juntamente com essa frase, 6 balões prateados, cheios com hélio e amarrados a barbantes foram instalados de forma a ocupar todo o espaço disponível do elevador.

8 - instalação da frase: “Nem sempre você está onde quer estar”.

Dimensões variadas

Materiais: recortes de vinil, bolas de ferro, sons gravados, grama natural, balões prateados cheios

de hélio

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